quarta-feira, 9 de maio de 2012

Zamet Center, Croácia


   A Croácia tem se desenvolvido bastante nos últimos anos, a economia do pais é impulsionada pela concentração de indústrias têxteis, químicas e mecânicas, alem dos destaques em siderurgias e petroquímicas.

   O turismo é outra importante fonte de receita, o país possui 1.135 ilhas e um litoral de 5.789 quilômetros, além de cidades milenares, como Dubrovnik (considerada patrimônio da humanidade), as ruínas gregas e romanas e o Palácio de Diocleciano(lindo!), construído no fim do século III para ser o retiro do imperador romano. O país recebe cerca de 8 milhões de visitantes por ano, conforme dados do Ministério da Cultura da Croácia.

   Sendo assim, muitos projetos arquitetônicos começam a sair do papel!! Este é um projeto na cidade de Rijeka, o CENTRO ZAMET, que engloba 13 lojas, biblioteca, ginásio de handebol e praca publica.



   O edifício conecta, através de seu espaco publico, os diferentes níveis da topografia acidentada do seu entorno. A utilização dos elementos arquitetônico em fita no sentido norte-sul delimitam os espacos públicos e privados. As duas primeiras fitas abrigam os espacos comerciais, a terceira a biblioteca e o volume maior o ginásio e o cafe.


   Os 51 mil azulejos que formam a cobertura do Centro, mostram a interação dos arquitetos com outros profissionais, utilizando padrões gráficos como estampas para edificação, e a influencia da paisagem natural croata, com a releitura das pedras gromaca, comuns na região.




   O ginásio de Handebol, projetado para ser um espaco flexível possui 2380 acentos retrateis, para os treinos em que nao e necessário a arquibancada, ela e escondida nas paredes dando lugar a duas quadras no sentido transversal. Para as competicoes, os acentos sao expostos e utiliza-se a quadra principal no sentido longitudinal. O espaco possui também sala de imprensa, sala de reuniões, vestiários e auditório.







sexta-feira, 2 de março de 2012

Conhecendo o arquitecto chinês Wang Shu.

       O arquitecto chinês Wang Shu venceu nesta segunda-feira o prémio Pritzker de Arquitectura 2012. Aos 48 anos, Wang Shu tem obra construída apenas na China, sobretudo na região de Hangzhou, a 170 quilómetros de Xangai, e foi o responsável pelo pavilhão do seu país na Bienal de Veneza de 2006.


                                
Wang Shu é o segundo chinês a ganhar o Pritzker --o americano de origem chinesa I.M. Pei recebeu o prêmio em 1983.



Entre as principais obras de Shu estão a biblioteca do Colégio Wenzheng, na Universidade de Suzhou, o Museu de História da cidade portuária de Ningbo e o campus Xiangshan de Belas Artes na cidade de Hangzhou.


Neste ano, a cerimônia de premiação acontecerá pela primeira vez em Pequim, em 25 de maio.

                     
Campus Xiangshan de Belas Artes na cidade de Hangzhou, desenhado por Wang Shu, vencedor do Pritzker




                                                         Museu de Historia de Ningbo 2003-2008




O prêmio já foi entregue aos arquitetos brasileiros Oscar Niemeyer (1988) e Paulo Mendes da Rocha (2006).

quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012

Eu Queria



Eu queria, muito, que meus quadros combinassem com seu sofa. E com o tecido de suas cortinas. E com a cor de sua parede. Com a colcha de sua cama. Com sua psicologia. Com sua visão de arte. Com sua filosofia. Com as flores do seu jarro. Com a toalha da mesa. A louça. Com o seu humor. Com os outros quadros que você tem em casa.


Queria que combinassem com sua erudição, e com seu saber, suas duvidas, seus vazios, suas ausências e suas ignorâncias. Com sua liberdade e seus preconceitos, com sua descrença e com sua fe. Com sua castidade, seu pudor, com sua luxúria. Com seus anseios e com suas frustraçoes. Com suas lembrancas e com seus esquecimentos. Com seu desanimo e seu entusiasmo. Com sua passividade e sua furia. Com seu demonio e com seu anjo da guarda.

Queria que meus quadros fossem de agradável convivio. Alegres. Discretos. Afáveis. Receptivos. Se ajustassem a rotina e ao escândalo. Com um toque de humor, para ajudar a enfrentar a vida, e um toque ligeiro de nostalgia, para alertar contra a ilusão demasiada.

Queria que quando você visse um quadro meu, na salda de estar, um dia você sorrisse, um dia parasse para pensar, um dia ficasse indiferente, um dia cantasse, um dia tivesse vontade súbita de mudar de vida, outro dia quissesse que o momento se tornasse eterno, que você um dia ate chorasse, tanto o choro é bom quando é bem raro.

Queria que meus quadros conversassem com voce, na sala ou na varanda, so voce e eles, e que eles lhe falassem bsatante, sem no entanto dizer nada, pois afinal esta e a linguagem dos quadros.

Eu queria muito....ah, eu queria tanta coisa....

"Mas, no fundo, o que eu queria mesmo-confesso-era o seu olhar"



J.U.Cavalcanti